Anatel e Ancine vão bloquear streaming pirata ao vivo ainda em 2023


Conselheiro da Anatel Moisés Moreira no painel de pirataria da Abrint. Foto: Reprodução


Em acordo de ação conjunta com a Ancine, a Anatel planejam avançar na estratégia e realizar o bloqueio de streamings piratas ao vivo. A ideia, segundo o conselheiro Moisés Moreira, é que isso possa começar a ser feito ainda durante o mandato dele, que termina em novembro deste ano. A informação foi dada durante o último painel do Encontro Abrint 2023 nesta sexta-feira, 26.

Segundo Moreira, com a agência de conteúdo audiovisual estando fisicamente no mesmo prédio da sede da Anatel em Brasília, foi montado um laboratório no mesmo andar para a ação conjunta. "Estamos finalizando o laboratório dentro da agência para que em breve, antes do final do meu mandato, possamos bloquear o conteúdo ao vivo", declarou.

Para tanto, a Ancine vai identificar o conteúdo, seja pela marca d'água, seja pelo endereço de IP. "Não vamos acabar com a pirataria, mas vai reduzir muito, porque o consumidor que usa esse serviço ilegal acaba ficando desanimado. É um trabalho que tem que ser educativo também, o Ministério da Educação tem que tomar essa iniciativa", declarou Moisés Moreira. A Anatel já efetua o bloqueio de streamings desde fevereiro, em parceria também com a Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA).

Com isso, o conselheiro espera que seja possível derrubar a transmissão de programação ao vivo de forma ilegal, como o de partidas de futebol. Isso é também uma resposta a um problema que, segundo ele, tem deixado o País com uma reputação negativa no exterior. "Eu fui na Liga [federação do campeonato de futebol espanhol] em Madri, e lá eles mostraram que, naquele momento, tinha dois provedores transmitindo conteúdo ilegal deles no Brasil, e eram duas PPPs", contou.

O conselheiro citou que dos 140 milhões de brasileiros que consomem conteúdo pela Internet, mais de 70 milhões o fazem por meios piratas. "Isso é triste. Aí falam: 'Ah, mas a TV por assinatura é cara'. Não. Paga-se o Netflix com R$ 16 ou R$ 17 por mês, não justifica. E a indústria não faz conteúdo para ser roubado", afirma. A assinatura mais básica desse serviço custa R$ 18,90/mês, mas vem com anúncios e com definição no máximo Full HD (1080p).


Com informações TELA VIVA

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