Através dos tambores o Olodum mudou a história do Pelourinho, em Salvador. Neste mês de abril comemora-se 45 anos deste que não é apenas um bloco, mas um movimento revolucionário de igualdade, uma fundação social, que já acolheu mais de 30 mil crianças. Em homenagem a este marco, o repórter Chico Regueira vai à Rua Santa Isabel, local de fundação do Olodum, contar um pouco dessa história no 'Fantástico' deste domingo. O cantor Carlinhos Brown é um dos entrevistados desta reportagem especial.
"Esse 'um' de Olodum vem com uma força enorme. Vem com essa ideia unitária, de que nós podemos ser mais unitários nas nossas dores, nas nossas conquistas. Nós somos um Brasil que não pode de forma nenhuma se separar, mas pode, sim, reivindicar melhores momentos", ressalta o cantor.
Um dos fundadores do Olodum, Geraldão estava na primeira reunião, que aconteceu em um espaço onde funcionava uma serraria e acabou se transformando em um lugar marcante para a história afro-brasileira. O bloco nasceu sob o lema "paz, amor e fraternidade" é o que guia o movimento nestes 45 anos de existência. "O Olodum surgiu neste mesmo sentido, de que era um sonho de liberdade, de expressão, de vontade de vencer, de ter uma condição melhor", destaca Geraldão.
A importância vai além da música. O Olodum já gravou clipe com Michael Jackson nas ruas de Salvador, fez show com o cantor Paul Simon para cerca 750 mil pessoas em Nova Iorque, mas seu papel determinante veio na mudança de imagem do Pelourinho. O lugar onde os negros escravizados eram castigados e era uma zona marginalizada da capital baiana, virou referência, sinônimo de orgulho e representatividade. "O Olodum não revolucionou só este lugar. Revolucionou a vida de milhares de pessoas. A minha vida é transformada através do som do Olodum", ressalta o cantor Tonho Matéria.
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