Apps maliciosos povoam TV Boxes, tem o Brasil como alvo principal de ataques


TV Boxes e sticks com aplicativos desconhecidos podem ser infectados por malwares - Foto: Freepik

Comum em smartphones, os vírus que afetam o funcionamento de dispositivos eletrônicos estão chegando também às smart TVs da América Latina, de acordo com a ESET, companhia de segurança da informação com sede na Eslováquia. 

Por meio de TV Boxes e sticks – as caixinhas que permitem transformar aparelhos mais antigos em TVs inteligentes -, cibercriminosos distribuíram malwares a aparelhos com Android usando aplicativos maliciosos – o que resultou em mais de 2 mil ataques de negação de serviço. na região, segundo a firma especializada.

De acordo com Camilo Gutiérrez Amaya, chefe do laboratório de pesquisa da ESET na América Latina, o problema começa quando o usuário, na busca por expandir o catálogo de filmes e séries à sua disposição, baixa apps de fontes pouco ou nada confiáveis

"Uma vez que os dispositivos são infectados, os atacantes assumem o controle e os utilizam para orquestrar ataques distribuídos de negação de serviço (DDoS), ou seja, usar cada um dos milhares de zumbis que conseguem infectar para enviar solicitações direcionadas a um mesmo destino e assim desabilitar os servidores de seu objetivo", afirma Amaya. O passo seguinte, portanto, é o usuário ter os serviços indisponíveis.

Conforme detalhado no último relatório de ameaças da ESET, os aparelhos foram alvo de um malware do tipo troiano relacionado ao Mirai, um botnet conhecido (rede de dispositivos sequestrada por atacantes que assumem o controle e podem dar diversas ordens, como enviar spam, roubar dados ou realizar ataques DDoS). O malware é detectado pela ESET como Android Pandora e foi detalhado pela primeira vez em setembro de 2023 pelo Dr. Web, um site russo de antivírus.

Os maiores problemas ocorreram com os aplicativos dos sites Tele Latino, You Cine e Magis TV. Eles estão presentes não só em Android TV Boxes, como também em TV sticks da Amazon ou Xiaomi. Outra forma detectada é por meio de atualizações maliciosas de firmware que podem estar pré-instaladas por um revendedor ou instaladas pelo próprio consumidor.

Os cibercriminosos concentraram suas atividades na América Latina. Entre os países mais atacados da região, despontam o Brasil (20%), o México (13%) e o Peru (11%). Muitas das páginas enganosas estão em espanhol, o que pode indicar a direcionalidade do ataque, de acordo com a ESET. 

A empresa compartilha algumas dicas para que os usuários usem seus serviços de forma mais segura, como: 

  • Utilizar senhas robustas e únicas.
  • Manter os sistemas atualizados.
  • Pesquisar sobre o aplicativo que está prestes a instalar, verificando os comentários em busca de alertas de outros usuários.
  • Evitar fazer root nos dispositivos, pois isso pode fornecer vantagens aos cibercriminosos.
  • Ter cuidado ao atualizar o firmware, aplicando o mesmo cuidado que ao instalar aplicativos ou visitar um site.
  • Instalar uma solução de segurança confiável, que ajudará a detectar e eliminar ameaças.

Com informações TELA VIVA

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