Nova temporada da Bundesliga aumenta alternativas de transmissão no Brasil e se aproxima do público nacional


Especialistas analisam novo cenário do Campeonato Alemão junto aos brasileiros

A temporada 2023/2024 da Bundesliga teve seu pontapé inicial com destaques dentro e fora dos gramados. Além dos 34 gols marcados em 9 partidas da primeira rodada - média de 3,77 gols por jogo -, o Campeonato Alemão, dominado pelo Gigante da Baviera nos últimos anos, traz novidades para o público brasileiro, que começou a ganhar novas alternativas para acompanhar as partidas da competição.

No streaming, além da plataforma OneFootball, responsável pela transmissão dos confrontos desde 2020/2021 e que renovou o acordo de direitos da Bundesliga no mercado nacional até 2025/2026, a CazéTV, do criador de conteúdo Casimiro Miguel, também transmitirá a atual temporada da elite alemã. O acordo prevê a transmissão de um jogo por rodada, sem nenhum custo para os espectadores. A estreia foi com a goleada do Bayern de Munique por 4 a 0 sobre o Werder Bremen, atraindo pouco mais de 1 milhão de visualizações totais.

A disputa pela audiência no digital ganhou outra concorrente: o Canal GOAT (YouTube), que poderá exibir até duas partidas por rodada. No fim de semana de estreia, o canal registrou aproximadamente 400 mil visualizações no total com as transmissões dos jogos entre Bayer Leverkusen e RB Leipzig, e Eintracht Frankfurt contra Darmstadt.

Apesar da saída da Band, a Bundesliga ainda será transmitida na TV aberta, agora nas telas da TV Cultura e RedeTV!, ambas com a exibição de um jogo aos finais de semana. Além disso, haverá outras novidades na televisão, como o canal por assinatura Nosso Futebol, disponível nas operadoras Claro, DGO e Sky, que transmitirá dois confrontos a cada rodada. O SporTV, pertencente ao Grupo Globo, começou a transmitir partidas do Campeonato Alemão pela primeira vez, com um total de 68 jogos da competição, estreando com as vitórias do Bayern de Munique e do Bayer Leverkusen.

Com a sequência de 11 títulos consecutivos do Bayern, especialistas avaliam a necessidade de ampliar as alternativas disponíveis para explorar novas oportunidades de audiência e elevar o apelo do torneio. Ivan Martinho, professor de marketing esportivo da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), ressalta a visão estratégica da Bundesliga em relação ao mercado brasileiro.

“Se por um lado a pulverização dos direitos de transmissão costuma diminuir o valor individual pago por emissoras e plataformas de streaming, por outro, amplifica o alcance de audiência, da frequência e colabora muito para um maior reconhecimento do produto no médio e longo prazo”, afirma Ivan.


Para Renê Salviano, CEO da Heatmap e especialista em marketing esportivo, esta temporada oferecerá a oportunidade de explorar diversas nuances da competição. “Este ano será um grande experimento para entendermos como se portou o fã, onde assistiu e como cada plataforma trabalhou para puxar sua audiência; de forma resumida, quem ganha é o cliente, não só pelo poder de escolha, mas também com a concorrência gerada que acaba trazendo qualidade ao produto a ser exibido”.

Fábio Wolff, sócio-diretor da Wolff Sports e especialista em marketing esportivo, destaca a importância da participação do SporTV para a valorização do produto. “A força dos canais Globo e o ineditismo das transmissões dos jogos do campeonato alemão por lá vão proporcionar bons frutos à competição no país. Além disso, a qualidade do campeonato e a sua tradição certamente trarão um bom resultado aos envolvidos”.

Chama a atenção neste ano também o montante investido pelos clubes alemães, em comparação com as últimas três temporadas. Até o momento, a janela de transferências, que se encerra em 31 de agosto, registra o maior valor já desembolsado pelos times alemães, totalizando cerca de 651 milhões de euros - tornando a Bundesliga a quinta liga que mais gastou no mundo, de acordo com dados do Transfermarkt. Entre as maiores negociações, as duas principais envolvem o atual campeão: a contratação do atacante inglês Harry Kane, por 100 milhões de euros, e a do zagueiro sul-coreano Kim Min-jae, por 50 milhões de euros.

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