Oi pede recuperação judicial pela segunda vez





A operadora Oi entrou com o novo pedido de recuperação judicial, cerca de três meses depois do fim do primeiro processo. A companhia comunicou na madrugada desta quinta-feira, 2, que ajuizou no dia anterior o pedido na mesma 7ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro, em caráter de urgência e ad referendum (ou seja, que deverá ser apreciado) da assembleia geral da companhia. O pedido foi feito pela conjunto do grupo Oi: OI S.A., Portugal Telecom International Finance e Oi Brasil Holdings Coöperatief. 

A operadora volta a afirmar que "vêm empreendendo esforços, em conjunto com seus assessores financeiros e legais, mediante a condução de negociações com certos credores financeiros, visando a potencial repactuação de dívidas financeiras, fortalecimento da sua estrutura de capital e otimização de sua liquidez e perfil de endividamento, e essas negociações continuam em andamento". Porém, lista fatores que a levaram a entrar com o novo processo da RJ. São eles: 

-a aproximação da data de encerramento da tutela cautelar de urgência e outros fatores, precisa formalizar a RJ;

-as renegociações das dívidas com os bancos, que ainda têm "pontos negociais" em discordância que emperraram a conclusão da repactuação;

-o cenário econômico-financeiro da operadora, com "dívidas vencidas e o potencial vencimento antecipado e cruzado de contratos financeiros celebrados"; e necessidade de manutenção da proteção legal contra "potenciais execuções de credores".

A Oi afirma que o novo processo é crítico para a reestruturação financeira e busca da sustentabilidade de longo prazo, mas garante que continuará mantendo regularmente as atividades da operação atual. Isso inclui manutenção da rede e serviços, atendimento de usuários e "busca de eficiência e otimização", buscando evitar prejuízos, descontinuidade ou intercorrência na prestação dos serviços. 

"Toda a força de trabalho da Oi manterá normalmente sua atuação, com suas atividades comerciais, operacionais e administrativas. A Oi mantém o foco nos investimentos em projetos estruturantes que visem a promover melhoria de qualidade na prestação de seus serviços e nos desenvolvimentos estratégicos que permitam a permanente evolução da sua atuação como importante ator do mercado brasileiro de telecomunicações e tecnologia da informação."

Assim, a empresa deverá adotar as medidas necessárias para efetivar a nova RJ. A assembleia geral para aprovação desse processo deverá ser marcada, mas a empresa ainda não colocou uma data. O material de apoio está no site de relações de investidores da empresa. "A Oi reafirma a confiança que tem em sua capacidade operacional e comercial para que seja bem-sucedida na proposição e aprovação de um plano de recuperação judicial que permita ganho de valor para a Companhia e suas Subsidiárias e na manutenção do alto nível da prestação de serviços aos seus clientes", declara a empresa no fato relevante.

O pedido da segunda recuperação judicial da Oi acontece a poucos dias da realização de uma assembleia geral extraordinária convocada a pedido de acionistas minoritários que procuram destituir o atual conselho de administração da operadora. A AGE está marcada para a próxima segunda-feira, dia 6.


Com informações, TeleTime

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