Gafrite fala sobre trabalho de comentarista na TV




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Logo quando pendurou as chuteiras, o ex-jogador Grafite demorou apenas dois meses até descobrir qual seria o próximo capítulo carreira. Depois de descansar com sua família, acabou sendo convidado para comentar jogos do Estadual no Recife. Aquele foi o início de uma carreira meteórica. Menos de dois anos depois, o ex-atleta se tornou um dos principais profissionais no Brasil na frente da telinha. Ele falou sobre a nova função profissional em entrevista ao jornal Lance!. 

- Logo que eu parei de jogar eu tirei um tempo para descansar. Não durou muito. Depois de dois meses eu decidi me movimentar e largar o sofá. Treinador eu já tinha decidido que não ia ser, porque é um trabalho muito desgastante. O mundo dos empresários é complicado e competitivo. Por isso achei também que não era para mim. Quando ainda estava em Recife, antes de parar de jogar, o Thiago Medeiros, repórter da TV Globo em Pernambuco, sugeriu que eu virasse comentarista. Na época, ele disse que eu tinha uma boa dicção, presença em frente às câmeras e me fez parar para pensar no assunto. Quando eu encerrei a carreira, o George Guilherme, que na época era editor-chefe da Globo em Recife, me chamou para comentar alguns jogos do Campeonato Pernambucano.

Comecei a fazer mais jogos e, quando me dei conta, estava comentando a Copa do Mundo no SporTV, meu primeiro grande teste como comentarista. Recebi um retorno bem positivo do público. Como comentarista, ainda estou engatinhando. Procuro não sair muito daquilo que vivi em campo. Comecei a fazer mais transmissões de jogos agora, o que é bem diferente de comentar em um programa, com comentários curtos, em cima daquilo que acontece na partida. Mas estou feliz, contente e não tive muita dificuldade nessa transição -, relatou.

Um dos grandes dilemas hoje na televisão é o papel do ex-jogador no jornalismo esportivo, que vem sendo cada vez mais frequente nas emissoras e veículos, gerando uma certa rejeição por parte de certas pessoas. Grafite não enxerga tal rejeição, afirmando que 'um complementa o outro'.

'Eu prefiro falar do gesto técnico e acho que é isso que o telespectador quer ouvir dos ex-jogadores, algo mais próximo do que acontece no campo. Existe espaço para todos. Um pode ser o complemento do outro nesta caminhada'

- Eu não enxergo essa rejeição. Desde que cheguei na TV Globo eu tenho aprendido muito com os jornalistas e assisto as análises deles nos jogos e programas sempre que posso. O SporTV e a Globo estão investindo muito neste mix de jornalistas e ex-jogadores. Acho que um complementa o outro. Já fiz jogos com vários deles e nunca tive problema. As minhas análises se baseiam naquilo que eu vivi dentro de campo. Eu prefiro falar do gesto técnico e acho que é isso o telespectador quer ouvir dos ex-jogadores, algo mais próximo do que acontece no campo. Existe espaço para todos. Um pode ser o complemento do outro nesta caminhada -, afirmou.


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