ATLETIBA PENSOU EM CONCORRÊNCIA PARA O PARANAENSE COM SPORTV E ESPORTE INTERATIVO.

Data da postagem:20/02/2017
Revelação foi feita pelo presidente do Conselho Deliberativo do Atlético/PR, Mario Celso Petraglia (Reprodução)

A origem da confusão que gerou o cancelamento do 
clássico Atletiba foi o fato de os dois grandes do Paraná terem se recusado a assinar um contrato com a Globo pelo Estadual. Isso ocorreu porque a oferta da emissora foi de R$ 1 milhão de cota para cada um de Atlético/PR e Coritiba. Segundo o UOL Esporte, por Rodrigo Mattos, entre outros times de menor expressão, o Madureira ganha R$ 4 milhões líquidos pelo Estadual do Rio.

A negociação do contrato ocorreu em janeiro de 2017. A Globo ofereceu um total de R$ 6 milhões pelo contrato do Paranaense, sendo um terço para os dois grandes clubes. Quando Coritiba e Atlético/PR recusaram, a Globo fechou o restante do Paranaense com os outros dez times por R$ 4 milhões.


''Sei que o Carioca é um campeonato que vale mais do que o Paranaense. Mas se você for ver é 1/20 em relação ao valor do Carioca'', comentou o presidente do Conselho Deliberativo do Atlético/PR, Mario Celso Petraglia, ao ser informado que o contrato do Estadual do Rio de Janeiro vale R$ 120 milhões.

Por meio de arbitral, a Ferj (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro) é quem decide a distribuição das cotas do Rio de Janeiro. Esta destinou cotas de R$ 4,5 milhões brutos (R$ 4 milhões líquidos) para os quatro clubes mais bem posicionados depois dos grandes no Estadual de 2016, Boavista, Bangu, Madureira e Volta Redonda. Cada um levará esse valor como cota, e todos são aliados da Ferj.

Depois de recusar a oferta da Globo, Atlético/PR e Coritiba procuraram alternativas para arrecadar mais com o Paranaense. ''Tentamos fazer um sistema de pay-per-view para os nossos sócios. Pensamos em fazer uma concorrência para a TV Fechada que tivesse Sportv, Esporte Interativo. Foi negociado um acordo com a Record para a TV Aberta'', explicou Petraglia.

Mas, ao mesmo tempo que os clubes traçavam a estratégia, a Globo fechou um acordo com a federação paranaense sem avisar para os direitos dos outros dez clubes. Na prática, isso inviabilizava qualquer projeto dos dois grandes visto que eles só teriam direito a um jogo, Atlético/PR e Coritiba.  ''Ficamos impedidos de vender a maioria dos jogos do Estadual.''

Pela legislação brasileira, os clubes têm a prerrogativa de negociar seus direitos de imagens. Só é possível transmitir uma partida se houver contrato ou autorização dos dois times. Restava assim o Atletiba, jogo de maior valor do Estadual.

A versão da Globo é de que ela tentou viabilizar a transmissão de um campeonato paranaense sem os dois grandes. Tanto que tem transmitido em TV Aberta os jogos. A argumentação da emissora é de ser normal uma das partes não aceitar um acordo, e tentar vender de outra forma seus direitos.

Petraglia, no entanto, reclama do modelo. ''Não temos que negociar pela federação. Estamos querendo fazer a negociação diretamente pelos clubes. Porque eu teria de negociar para pagar comissão para a federação?'', argumentou o dirigente atleticano. Pela legislação brasileira, a federação paranaense não tem nenhum direito sobre o direito de televisionamento dos clubes.

Ao lembrar da proibição de realizar a transmissão, Petraglia dá uma definição sobre a justificativa da federação paranaense de que os profissionais da transmissão não estavam credenciados: ''É ridículo.''


Fonte:http://www.esporteemidia.com/2017/02/atletiba-pensou-em-concorrencia-para-o.html


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