TV paga não tem o direito de exibir tantas reprises em pouco tempo.


Estamos terminando o ano de 2016 e chegando em 2017. É bem verdade, em absoluta crise econômica e com os gastos sendo planejados. Notoriamente, ter TV por assinatura não é a coisa mais importante do mundo. Há outras contas, existe o cartão de crédito, comida e por aí vai. 
 
Porém, não dá pra colocar apenas na conta a recente nova queda do número de assinantes da TV por assinatura brasileira. Logicamente, o fim dos Jogos Olímpicos precisa ser levado em consideração, mas muito da decrescente é que o serviço repete demais tudo que exibe. 
 
Recentemente, o NaTelinha apresentou uma matéria, de grande repercussão,que mostrava todas as exibições do filme "As Branquelas" no mês de dezembro. É uma a cada dois dias segundo a própria programação dos canais. 
 
Nesta semana, o colega e colunista Maurício Stycer descreveu em seu blog no UOL um caso ainda mais absurdo: a comédia romântica "Casa Comigo?" foi exibida na última segunda-feira (5) ao mesmo tempo por Fox, Sony e Universal Channel, e em horário nobre, o que agrava a situação. 
 
Muitos dirão: "Mas TV paga não serve mais para filmes". Em partes, realmente, apesar de alguns canais campeões de Ibope ainda serem os de longa-metragem - como o Megapix e a TNT -, mas isso é um fenômeno geral. O Multishow reprisa à exaustão, como "Chaves" no SBT em áureos tempos, o humorístico "Vai Que Cola", e todas as temporadas. 
 
Na coluna passada, elogiamos os realities shows que a TV paga tem ofertado, e a grande maioria tem sido de alta qualidade. Mas as reprises também são exageradas ao extremo. A Sony chega a reexibir, em 48 horas, quatro vezes o mesmo episódio de "Shark Tank Brasil". Não há quem suporte tanta reprise.
 

Entendo que os canais não têm o mesmo orçamento que TV aberta e nem existe a necessidade de ficar horas ao vivo como as emissoras esportivas e de notícias de TV por assinatura. Mas os diretores de programação precisam se atentar ao que levam ao ar. Se a TV paga cair assustadoramente não vai ser só culpa da crise ou do fator Netflix. Repetição à exaustão tem muita parte nisso. 


Fonte:Na Telinha por Gabriel  Vaquer 
 

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