Série boa é aquela que se pode reprisar, diz executivo do Universal Channel.



Em painel no Rio Content Market, ontem (9) no Rio de Janeiro, o diretor-presidente da NBC Universal no Brasil, Paulo Barata, surpreendeu pela sinceridade. Ao falar para um público majoritariamente composto por produtores independentes, Barata afirmou que uma das características que procura nas séries que exibe em seus canais (Universal, Syfy e Studio Universal) é a “repetibilidade”.
“É uma coisa vista como pejorativa, mas é altamente positivo ter um material que possa ser reprisado”, disse o executivo, que programa até seis vezes em um único dia a série House, encerrada há quase quatro anos.
A reprise de séries e filmes é uma das principais reclamações dos assinantes de TV por assinatura, mostram as pesquisas. Mas é também uma característica do setor. Os canais pagos reprisam à exaustão não apenas porque não têm recursos para investir em novos produtos, mas porque as repetições dão audiência, ou seja, têm público. Bons exemplos de séries com “repetibilidade” são House (2004-2012), Friends (1994-2004, na Warner Channel) e Seinfeld (1989-1998, em cartaz no Sony). Continuam sendo reprisadas até hoje, e continuam fazendo sucesso.
O Universal Channel tem cumprido cotas obrigatórias de conteúdo nacional com séries da Record e programas curtos. Mas prepara um pacote de estreias. Entre elas, estão Unidade Básica (produção da Gullane), Amigo de Alugel (O2), Natália (Academia de Filmes) e 171 – Negócio de Família (Moonshot), entre outras.
Segundo Barata, o grande desafio do Universal Channel ao escolher séries brasileiras é não decepcionar o telespectador acostumado a ver produções de US$ 5 milhões por episódio. A maioria das produções nacionais não têm esse orçamento nem para toda uma temporada.



Post a Comment

Deixe seu comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem