Turner vê no esporte sua única saída para o futuro - diz Flávio Ricco



Após publicar recentemente achar difícil a Turner (via Esporte Interativo) adquirir os direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro, o colunista de TV, Flávio Ricco, voltou ao tema nesta quarta-feira no UOL, ao afirmar que a entrada da Turner na disputa dos direitos de transmissão de eventos esportivos, nada tem a ver com o mercado esportivo, e sim com a possibilidade de seus canais de filmes perderem espaço e o esporte ser a ferramenta que garanta bons negócios para o grupo. Leia abaixo, na íntegra, o que escreveu Flávio Ricco, a respeito.

Voltando ao assunto do futebol e de uma proclamada guerra pelos direitos esportivos, ainda é difícil saber onde tudo isso vai parar. O dado novo, em relação ao que já existia, é o aparecimento da Turner, usando externamente como escudo a marca Esporte Interativo. A sua estratégia, é bom que se esclareça, passa ao largo do mercado esportivo propriamente dito.

Com o crescimento do consumo de filmes e séries em plataformas sob demanda, a Turner teme que o TNT, Space, Cartoon e Boomerang - seus "cavalos de batalha" - comecem a perder valor. Hoje, em comparação a todos os outros lugares, é aqui no Brasil que ela ainda tem os melhores resultados com esses canais. E só Deus sabe até quando.

Se valer da importância que o esporte conquistou na TV paga, com seus eventos ao vivo, pode ser a saída que resta para um cenário tão definitivo. Ou o que se entende como suficiente para segurar o valor dos seus ativos. É um filme que já passou por aqui. Passagens que ainda estão na lembrança, quando a DirecTV tentou competir com a Sky, e quando a falecida PSN tentou entrar na América Latina.

Curioso é que os executivos brasileiros não se apresentam mais como Esporte Interativo. Passaram, de uns tempos para cá, a usar a marca Time Warner.


esporte e midia

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