FPF adotou o uso de inteligência artificial em transmissões da Copinha




A Federação Paulista de Futebol (FPF) anunciou que adotou o uso de inteligência artificial em transmissões ao vivo. A tecnologia foi utilizada pela primeira vez na Copa São Paulo de Futebol Júnior, cuja edição de 2020 chegou ao final no último final de semana.

Em parceria com a startup iSportistics, a FPF TV transmitiu highlights de forma autônoma, a partir da IA, que foram publicados posteriormente nos perfis da Copinha e da FPF no Facebook, também parceiro da FPF.

“A Copinha 2020 foi um sucesso de público, ultrapassamos 600 mil pessoas nos estádios. Um sucesso técnico, com clubes realizando jogos de alto nível. Mas, neste ano, a inovação foi a grande novidade da competição. Tivemos, pela primeira vez, todos os 252 jogos transmitidos, seja pelo Grupo Globo ou por parceiros importantes do streaming, como Facebook e MyCujoo. E geramos os highlights de todas essas partidas, de forma inédita no futebol brasileiro, por meio de inteligência artificial. A parceria com a iSportistics foi um salto que demos. E iremos seguir inovando”, disse Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da FPF.

“O uso da Inteligência artificial na produção e processamento agilizou um processo que normalmente é essencialmente manual. A tecnologia nos auxiliou na produção em série dos highlights, uma vez que chegamos a ter dia em que mais de 40 jogos foram disputados. A agilidade e eficiência da plataforma foi fundamental. Nosso plano é ampliar essa parceria com a iSportistics, oferecendo conteúdos com análises táticas”, completou Bernardo Itri, diretor de comunicação da FPF.

“As tecnologias da empresa vêm sendo desenvolvidas com o propósito de melhorar o esporte em todos os seus aspectos. Acreditamos que as mudanças contundentes precisam partir das lideranças de cada segmento, como a FPF é no esporte brasileiro. Pela representatividade que tem também no cenário global do futebol, a FPF agora pode estar alinhada às tendências mais modernas e inovadoras internacionalmente. Utilizando essas novas tecnologias, os editores concentraram sua atenção em criar conteúdo relevante, escolhendo os clipes de melhores momentos a partir do trabalho dos robôs. Uma economia enorme de recurso humano e uma maior valorização do talento”, finalizou Vinicius Gholmie, fundador e CEO da iSportistics.

O projeto envolveu o processamento de mais de 25 mil horas de jogos de futebol. Ao todo, mais de 6,5 mil melhores momentos foram identificados e cerca de 2 mil utilizados para compor os highlights dos jogos. Os melhores momentos da grande decisão, disputada no último dia 25 entre Internacional e Grêmio, no Pacaembu, também foram gerados a partir da nova tecnologia. O Inter venceu nos pênaltis após empate em 1 a 1 no tempo normal.

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